Pensar o impensável: experiência religiosa e fenômeno em E. Levinas
DOI:
https://doi.org/10.56487/enfoques.v36i2.1193Palavras-chave:
Levinas — Experiência religiosa — Consciência — Deus — PassividadeResumo
Tradicionalmente, a relação entre o eu e a experiência tem sido entendida através da consciência, que não só experimenta mas também “cria” a experiência, refletindo uma noção arraigada desde Aristóteles. Para a filosofia moderna, a consciência tem a capacidade de categorizar e compreender o percebido. A partir da perspectiva de Levinas, a consciência e a compreensão são vistas como atividade e poder simultaneamente. No entanto, surge a pergunta: A experiência de um objeto finito é comparável à experiência do infinito ou Absoluto? A experiência religiosa expõe o eu a um acontecimento que não pode ser compreendido pela atividade sintetizadora da consciência, segundo Levinas. Para abordar esta questão, utilizaremos conceitos que vão além da filosofia clássica, como a transcendência, a intencionalidade invertida (bouleversé), o infinito e Deus. Nosso objetivo é demonstrar que a percepção e representação subjetiva do Absoluto difere fundamentalmente da de qualquer outro fenômeno. Exploraremos com Levinas o uso de uma linguagem não ontológica que possa expressar o invisível e o “incognoscível” da experiência religiosa, sem abandonar o discurso ontológico. Em síntese, busco elucidar como a experiência do absoluto desafia as categorias tradicionais da consciência e da compreensão, e como uma abordagem filosófica alternativa pode lançar luz sobre essa complexa dinâmica.Downloads
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Publicado
2024-12-30
Edição
Seção
Artigos
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