Desafios e impasses [dúvidas] na teoria da verdade e a análise de Kant: Uma interpretação do antirrealismo de Kant

Autores

  • Lucas Ribeiro Vollet Universidade Federal de Santa Catarina Santa Catarina, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.56487/enfoques.v36i2.1191

Palavras-chave:

Idealismo — Anti-realismo — Kant — Apercepção — Transcendental

Resumo

Este artigo tem três objetivos. A primeira é mostrar a inevitável ambiguidade entre realismo e idealismo na obra de Kant. A segunda é mostrar a natureza do realismo kantiano como a sua resposta ao cético e uma reflexão sobre o caráter objetivo das representações. A versão da realidade empírica proposta como resposta ao cético, contudo, tem elementos evidentes de anti-realidade: é construída na tensão entre a ideia de prova e a ideia de verdade. Kant aplica a teoria da apercepção e do julgamento, que operam gerando parâmetros conceituais puros (categorias) para se ajustar a essa tensão. A forma como a teoria da apercepção e do julgamento de Kant propõe soluções para o problema de alinhar verdade e prova é consistente com soluções epistêmicas, anti-realistas, antimetafísicas e não clássicas para a representação lógica (que é compatível com a lógica transcendental de Kant). Por fim, ofereceremos um retrato da discussão sobre a natureza do realismo empírico kantiano e compará-lo-emos com a versão da “realidade” apoiada pela visão metafísica, pela ciência empírica pelo senso comum.

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Publicado

2024-12-30

Edição

Seção

Artigos