Arte brasileira? Duas palavras sobre um fenômeno essencialmente híbrido
DOI:
https://doi.org/10.56487/enfoques.v33i2.1011Palavras-chave:
Brasil, Arte, Identidade, Hibridismo cultural, Cultura latino-americanaResumo
Este artigo trata da arte brasileira e de sua possível identidade. Diferentemente doocorrido no Andes e na América Central, nenhuma das sociedades indígenas do Brasilconseguiu atingir o nível de civilização. Em terras brasileiras, o hibridismo culturalda América Latina atinge seu zênite. Fala-se aqui de uma arte essencialmente mestiça;pergunta-se: existe uma arte brasileira?Downloads
Referências
Aproveito para agradecer ao professor e amigo Claudio de Almeida Rio pelas importantes sugestões fornecidas para a realização deste artigo.
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Cf. Sigrid Achenbach, Kunst um Humboldt: Reisestudien aus Mittel-und Südamerika von Rugendas, Bellermann und Hildebrandt im Berliner Kupferstichkabinett (Munique: Hirmer, 2009), 19 et passim.
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Cf. João Vicente Ganzarolli de Oliveira, “Sobre a identidade cultural latino-americana”, Revista Tempo Brasileiro 122/123 (julho-dezembro de 1995).
Cf. A rebelião das massas, trad. por Herrera Filho (Rio de Janeiro: Livro Ibero-americano, 1962), 70.
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Cf., por exemplo, Edgard De Bruyne, Historia de la estética, t. i, trad. por Armando Suárez (Madri: BAC, 1963), 194.
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Cf. João Vicente Ganzarolli de Oliveira, “Amerikanische Kunst: eine kulturphilosophische Betrachtung”. Em Pflanzen, Blüten, Früchte: botanische Illustrationten in Kunst und Wissenschaft, org. por Gerd-Helge Vogel (Berlim: Lukas Verlag, 2014), 146-150.
Cf. Joaquim Marçal et alii, Milan Alram (Rio de Janeiro: Edições de Janeiro/Bazar do Tempo, 2015), 193 et passim.
“Carta de Jamaica”. Em Fuentes de la cultura latinoamericana I, org. por Leopoldo Zea (México: Fondo de Cultura Económica, 1993), 22.
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Cf. Leandro Narloch, Guia politicamente incorreto da história do Brasil, 2.ª ed (São Paulo: Leya, 2011), 152.
Cf. Miguel León-Portilla, Literaturas indígenas de México (México: Mapfre/FCE, 1992), 19sq; e Serge Gruzinski, La colonización de lo imaginario: sociedades indígenas y occidentalización en el México español-siglos XVI a XVIII (México: Fondo de Cultura Económica, 1990), 20.
Cf. Comentarios Reales de los Incas I (México: Carlos Araníbar, 1991), 23.
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Ibid.
Ver a esse respeito Horst Gründer, Eine Geschichte der europäischen Expansion: Von Entdeckern und Eroberern zum Kolonialismus (Stuttgart: Theiss, 2003), 25-35.
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Ver, por exemplo, Fernando Jorge, O Aleijadinho: sua vida, sua obra, seu gênio (São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1971), 77-78 et passim; Germain Bazin, L’architecture réligieuse baroque au Brésil I (Paris/São Paulo: Plon/Museu de Arte de São Paulo, S/D), 26 et passim; e João Vicente Ganzarolli de Oliveira, “Aleijadinho: A Brief Commentary on His Life and Work”. Em International Journal Advances in Social Sciences and Humanities 5, n.o 2 (fevereiro de 2017), 1-6; João Vicente Ganzarolli de Oliveira, “Aleijadinho, escultor único por tres motivos: venció las dificultades inherentes al arte, la esclavitud y la minusvalía”, Atenea, n.o 515 (1.º semestre de 2017), 163-172; João Vicente Ganzarolli de Oliveira, “Imagens de Aleijadinho”, Cidade Nova XLX, n.o 7 (julho de 2008), 42-43.
Cf. Miguel Evangelista Miranda da Cruz, Marajó: Essa imensidão de ilha (São Paulo: Parma, 1987), 15.
Cf. Gastão Cruls, Hiléia amazônica: Aspectos da flora, fauna, arqueologia e etnografia indígenas (Rio de Janeiro/Brasília: José Olympio/Instituto Nacional do Livro/MEC, 1959), 219.
Cf. João Vicente Ganzarolli de Oliveira, A humanização da arte (Rio de Janeiro: Pinakotheke, 2006), 91.
Cf. Walter Zanini et alii, História geral da arte no Brasil I (São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), 22.
Geoffrey Bushnell, Ancient Arts of the Americas (Nova York/Washington: Praeger, 1965), 259.
Cf. Jay A. Levenson, “Circa 1492: History and Art”. Em Circa 1492: Art in the Age of Exploration (Washington: Yale University Press, 1992), 21.
Cf. Sylvanus Morley, La civilización maya, trad. por Adrián Recinos (México: Fondo de Cultura Económica, 1992), 17.
Cf. Bernardo Berdichewsky, En torno a los orígenes del hombre americano, 5.ª ed. (Santiago: Editorial Universitaria, 1992), 95 et passim.
Cf. J. V. Luce et alii, The Quest for America (Nova York/Washington/Londres: Praeger, 1971), 70 et passim.
Cf. Enrique Martínez López, Tablero de Ajedrez: imágenes del negro heroico en la comedia española y en la literatura e iconografía sacra del Brasil esclavista (Paris: Calouste Gulbenkian, 1998), 156 et passim.
Cf. Pierre Bertaux, África: desde la prehistoria hasta los años sesenta, trad. por Manuel Ramón Alarcón (Madri: Siglo XXI, 1994), 133 et passim.
Ver a esse respeito Eduardo Portella, “Apresentação”. Em José de Anchieta: Poesia, Coleção Nossos Clássicos (Rio de Janeiro: AGIR, 1959), 5sq.
Cf. Edgard De Bruyne, Historia de la estética, t. ii, trad. por Armando Suárez (Madri: BAC., 1963), 442.
Cf. Johannes Bergemann, Orientierung Archäeologie: Was sie kann, was sie will (Hamburgo: Rowohlt, 2000), 15 et passim.
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