Velhice e deficiência: Luzes no fim do túnel!

Autores

  • João Vicente Ganzarolli de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.56487/enfoques.v36i2.1195

Palavras-chave:

Velhice —Deficiência — Tecnologia assistiva — Esperança — Contracultura

Resumo

Embora seja óbvia a relação que há entre a velhice e a deficiência, ela nem sempre é levada a sério, o que confirma a regra: nem sempre o que está diante dos olhos é fácil de
ser visto com a devida clareza. Para muitos, ficar velho e tornar-se deficiente são coisas
que “só acontecem com os outros”. A proposta central deste artigo é deixar claro que a
velhice e a deficiência são realidades interligadas. A única maneira de evitar a velhice
é morrer jovem; a única forma de evitar todas as formas de deficiência é envelhecer
com a mesma saúde e resistência que se tinha na juventude – o que não chega a ser
impossível, mas é raríssimo. Seja como for, existe luz no fim do túnel para todos nós.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Cf. John Milton Yinger, “Contraculture and subculture”, American Sociological Review 25, 5 (outubro de 1960): 625-635.

Willi Paul Adams, Los Estados Unidos de América (México/Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 2004), 370-371.

Benjamin Wiker, 10 livros que estragaram o mundo e outros cinco que não ajudaram em nada (Campinas: Vide Editorial, 2015), 9.

Cf., por exemplo, Guillermo Fraile, Historia de la filosofía: Grecia y Roma (Madri: B.A.C., 1965), 224-225 et passim.

Cf. ibid. Sobre Sócrates escreveu recentemente o poeta brasileiro Salgado Maranh.o: “Tu n.o lutaste contra humanos ou contra Delfos, mas contra a sombra inculta que ainda agora inunda o teu clamor e que é muito pior do que o império da cicuta”. Salgado Maranh.o, Voz que vem dos poros (Rio de Janeiro: Malê, 2003), 201.

José Lino C. Nieto, A vontade de poder: Nietzsche, hoje (S.o Paulo: Quadrante, 2004), 75.

Paulo Rodrigues, “Antes da conversa”, Conversa em sol menor (Rio de Janeiro: AGIR, 1980), 14-15.

Tomás Borba e Fernando Lopes Gra.a, Dicionário de música (Lisboa: Cosmos, 1963), I, 164.

Julian Gallego, La peinture espagnole (Paris: Pierre Tisné, 1962), 176-177.

Cf. The New American Bible (Nova Jersey: Catholic Book Corporation, 2011), 8.

Santo Isidoro de Sevilha, Etymologiarum Sive Originum Libri XX, XI, 1, 4.

Cf. Gerhard Wahrig, Deutsches Wörterbuch (Munique: Mosaik, 1980), 1.742-1.745.

The Holy See, Constituição pastoral “Gadium et spes” sobre a igreja no mundo atual, 26 § 1, https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html.

Cf., por exemplo, Fabio Dovigo, Francesca Pedone et al., I bisogni educativi speciali: una guida critica per insegnanti (Roma/Bari: Carocci Faber, 2019), 10.

Olavo de Carvalho, “Op..o preferencial pela morte”, O imbecil coletivo II (Rio de Janeiro: Topbooks, 1998), 171-172.

Isso, aliás, é assunto sempre importante para ser pensado, já que, na vida, a única certeza que o homem tem com rela..o ao seu destino é a de que um dia morrerá. Cabe recordar aqui as palavras do Marquês de Maricá (1773-1848): “Devemos regular a nossa vida de modo que possamos esperar, e n.o recear, depois de nossa morte”. Apud Evanildo Bechara, Moderna gramática portuguesa (Rio de Janeiro: Lucerna, 1999), 282).

Ibid., 279.

Padre André Beltrami, O inferno existe: Provas e exemplos (S.o Paulo: Artpress, 2013) 45-46.

Cf. Lucien Febvre, La Terre et l’évolution humaine: Introduction géographique à l’histoire (Paris: Albin Michel, 1970), 297.

Otto Marques da Silva, A epopéia ignorada: A pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje (S.o Paulo: Sociedade Beneficente S.o Camilo, 1987), 21.

Ibid, 37.

Paula Sibilia, O homem pós-orgânico: Corpo, subjetividade e tecnologias digitais (Rio de Janeiro:

Relume Dumará, 2002), 147; ver também Alfonso Cardenal López Trujillo, “Clonación: pérdida de la paternidad y negación de la familia”, Humanitas (Santiago: Pontificia Universidad Católica de Chile, janeiro/mar.o de 2004), 33, 79.

Otto Marques da Silva, A epopéia ignorada: A pessoa deficiente na história do mundo de ontem e

de hoje, 21.

Ibid, 34.

Jo.o Vicente Ganzarolli de Oliveira. Por que não eles? Arte entre os deficientes (S.o Paulo: Cidade Nova, 2007), 27-30.

Ver a esse respeito Dovigo, Pedone et al., I bisogni educativi speciali, 9 et passim.

Ibid, 78-79.

Ibid, 79.

Cf. Dovigo, Pedone et al, I bisogni educativi speciali, 87.

Ter-se-á, nesse último caso, um exemplo típico de veleidade, que vem a ser a “ausência de sentimento de personalidade. é um ‘quisera’, mas n.o um ‘quero’”. Narciso Irala, Controle cerebral e emocional (S.o Paulo, Loyola, 1970), 65.

Temple Grandin, en Visti da vicino: Il mio pensiero su autismo e sindrome di Asperger (Trento: Erickson, 2014), 11-12: “Hoje, a incidência do autismo é de um caso a cada 100 nascimentos (Centers for Disease Control, 2009), mas esse dado continua a aumentar com uma velocidade alarmante. A cada 21 minutos, uma crian.a é diagnosticada com autismo. Ele é quatro vezes mais comum em meninos que em meninas e distribui-se igualmente entre as áreas geográficas e entre os diversos grupos raciais, sociais e étnicos. Segundo o site da Autism Society of America, o custo relativo aos cuidados exigidos por uma única pessoa autista no seu ciclo de vida varia entre 3,5 e 5 milh.es de dólares; para todos os indivíduos autistas, o custo total alcan.a a cifra impresionante de 90 bilh.es de dólares por ano”.

Ibid, orelha.

Dovigo, Pedone et al. I bisogni educativi speciali, 9, 176 et passim.

Gustavo Cor..o, Claro escuro (Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1958), 13.

Dicionário contemporâneo da língua portuguesa (Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1948),

II, 33.

Gadium et spes 26 § 1.

Cf., por exemplo, Cesare Cantú, História universal (S.o Paulo: EDAMERIS, 1968), VIII, 7-23.

History of Roman literature from its earliest period to the Augustan age Cf. John Dunlop. (Londres, E. Littell et al, 1927), 259-260 et al. Em finais do século passado, o filósofo alem.o Hermann G.rgen (1904-1994), apoiando-se em Cícero, escreveu um livro sobre essa possibilidade de concilia..o. No Brasil, Lob des Alters foi publicado em 1991 com o título Elogio da velhice, pela Editora Presen.a (hoje extinta), que me encarregou de fazer a tradu..o para o português.

Ibid.

Don Stewart, “Why did people live so long before the Flood?”, S/D, em Blue letter Bible, acesso em dezembro de 2023, https://www.blueletterbible.org/faq/don_stewart/don_stewart_721.cfm.

Robert L. Solso, “The human brain is the most complex system we know”, Cognition and the visual arts (Cambridge: The MIT Press, 1994), 27.

Downloads

Publicado

2024-12-30

Edição

Seção

Artigos