The Persistent Challenge of the Homo brasiliensis

Authors

  • Nilo Reiss

Keywords:

Homo brasiliensis, Literature, Politics, Cordial, Impersonality

Abstract

One of the great challenges in South American countries, in the era of the globalizationmarkets, is to secure a position in the international arena as a modern nation andthat desire drives Brazil as well. However, there are economic and cultural conditionsabout the foundation of this country that still have repercussions on present politicaland economic choices, and this historical-cultural dimension, guided by an individualisticview, an outcome from a patrimonial tradition, favour an personificationof the interests of minorities to the detriment of the collective, generating practicalconsequences in the formation of the so-called “jeitinho brasileiro”. Guided by literarysources, this essay seeks to look back in to the past to understand this Braziliancharacteristic that personalize public issues, in a confluence of historical, politicaland cultural elements that report the modus operandi of the Homo brasiliensis andare reflected in the present.

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References

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Nesta perspectiva, vide os trabalhos de Celso Furtado, Formação econômica do Brasil (São Paulo, BR: Companhia das Letras, 1987) e Desenvolvimento e subdesenvolvimento (Rio de Janeiro, BR: Contraponto, 2009).

Termo utilizado por Alfredo Bosi na introdução do livro de Dante Moreira Leite, O caráter nacional brasileiro: História de uma ideologia (São Paulo, BR: Ática, 1992). É estranho ver como um termo, aparentemente, de uso literário serve para designar uma característica específica da cultura brasileira: “o brasileiro deseja ser cordial”. Persuadido de que, graças à sua natureza, foi um povo escolhido, toda a sua ação tem como meta o prazer. O primado do afetivo se impõe em todas as questões. Desse modo, não há um cálculo entre prazeres e sanções, pois, sendo membros de uma grande família, sempre haverá uma maneira de escapar as punições pelas transgressões. Evidentemente que se trata de uma generalização, mas que, infelizmente, abarca uma conduta que envolve uma entidade fictícia real.

“En las puras honduras de la Selva-Espesa nace Macunaíma, el héroe de los nuestros. Es azul de tan negro e hijo del miedo de la noche. Hubo un momento en que el silencio era tan intenso escuchando el cuchicheo del río Uraricoera, que la india tapañumas dio a luz a una criatura fea. Y ese crío fue lo que llamarían después Macunaíma. Ya en la niñez hizo cosas que reque asustaban. En primera se pasó seis años sin decir ni pío. Si lo sonsacaban a hablar, exclamaba: —¡Ay, qué flojera! […]”. Mario de Andrade, Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (Rio de Janeiro, BR: Nova Fronteira, 2013), 13.

“En virtud de las reglamentaciones y leyes municipales, rezaba el papel, el señor Policarpo Quaresma, propietario de la quinta “El sosiego”, era intimado, bajo las penas de las mismas reglamentaciones y leyes, a cultivar e carpir los terrenos fronterizos de la quinta que confinaban con las vías públicas. El mayor se quedó un momento pensando. Juzgaba imposible tal intimación. ¿Sería verdad? Una broma... Leyó de nuevo el papel, vio la firma del doctor Campos. Era cierto. Pero qué absurda intimación ésa de carpir y limpiar caminos en una extensión de mil doscientos metros, pues su quinta daba por el frente a un camino y por uno de los lados acompañaba otro en extensión de ochocientos metros... ¿Era eso posible?”. Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma (Rio de Janeiro, BR: Nova Fronteira, 2011), 143-144.

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“El diablo campea dentro del hombre, en los repliegues del hombre; o es el hombre arruinado o el hombre hecho al revés. Suelto, por sí mismo, ciudadano, no hay diablo ninguno. ¡Ninguno! Es lo que digo. ¿Está de acuerdo? (...) Usted lo sabe: el sertón es donde manda quien es fuerte, con las astucias. ¡Dios mismo cuando venga, que venga armado! Y una bala es un pedacito de metal…”. Ibid., 19.

A relação entre os coronéis e o governo era fundamental para estrutura do sistema político. Este ponto pode ser observado na obra Victor Nunes Leal, Coronelismo, enxada e voto: O munícipio e o regime representativo no Brasil (São Paulo, BR: Alfa-Omega, 1976).

“El gobierno civil, iniciado en 1894, no había tenido la base esencial de una opinión pública organizada. Había encontrado al país dividido en vencedores y vencidos (...) la significación superior de los principios democráticos decaía, anulada, invertida, vuelta un sofisma (...) En los momentos de crisis apelaba incondicionalmente a todos los recursos, a todos los medios y a todos los adeptos, saliesen de donde fuere, actuaba totalmente alejado de la amplitud de la opinión nacional, entre las pasiones e intereses de un partido que, salvando pocas excepciones, congregaba a todos los mediocres ambiciosos que, por instinto natural de defensa, evitan las imposiciones severas de un medio social más culto”. Euclides da Cunha, Os Sertões (São Paulo, BR: Abril, 2010), v. II, 13-14.

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Roberto Damatta, Carnavais, malandros e heróis (Rio de Janeiro, BR: Rocco, 1997) e, depois, O que faz brasil, Brasil? (Rio de Janeiro, BR: Rocco, 1986), levanta a ideia de que o brasileiro por um intermédio de relações pessoais encontra um modo de se salvar perante um conjunto de leis.

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A discussão sobre as relações de interesses e atuações das elites na condução do Estado brasileiro são polissêmicas, mas, salvo melhor juízo, seguimos a perspectiva de Jessé Souza, A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite (São Paulo, BR: LeYa, 2015).

Raymundo Faoro, Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro (São Paulo, BR: Globo, 2007) discute a origem da visão patrimonialista. Quanto à compreensão do termo, há uma gama de estudiosos que procura entender como a relação de domínio e poder dos latifundiários se fundaram e prosperaram paralela ao governo estatal. De modo mais resumido, nestas linhas só estamos tratando dos efeitos dessa relação que se caracteriza pela forma em que as pessoas se apropriam e dispõe dos bens públicos como uma extensão do seu patrimônio particular.

Buela, Ensayos de disenso, 152.

Published

2020-01-06

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Articles